A Papoula é uma erva anual que chega a uma altura acima do metro. As suas folhas são cobertas com uma espécie de cera, que lhes dá um aspecto brilhante.
As flores podem ser brancas, mas o mais comum são as flores em tom lilás e com o centro roxo escuro.
A cápsula redonda e grossa, que contém numerosas pequenas sementes pretas.
Está inserida na lenda e tradição do povo desde à milénios e são vários os casos ao longo da história em que isso acontece.
Na Grécia Antiga esta flor era dedicada a Hipnos, o Deus do Sono e a Morfeu, o Deus dos Sonhos. As estátuas de Demétrio eram decoradas com papoulas.
Os Romanos dedicavam esta flor à Deusa Ceres. Segundo a lenda, Ceres vagueava pela Terra e não conseguia encontrar o que procurava. Então os outros Deuses decidiram cultivar-las.
Certa vez a Deusa colheu-as e caiu num sono profundo, quando acordou reparou que havia ainda muitas para colher. Desde então que o florescimento está relacionado com a época das colheitas.
Num texto egípcio, datado do século 8º AC., a Papoula era dada às crianças para impedi-las de gritar. Na Grécia Antiga, ela era já usada como sedativo potente, mas também figurava na mitologia.
Dentro da tradição judaica, as sementes entram na elaboração do recheio de pequenos pãezinhos triangulares chamados “oznei Haman” (orelhas de Haman), que são consumidos na festa de Purim, em homenagem à rainha persa Ester.
É uma herbácea anual com propriedades alimentares, oleaginosas e medicinais. Essa planta tem um caule alto e ramificado, com folhas ovaladas.
As flores são grandes, brancas, rosas, violáceas ou vermelhas, e o fruto é uma cápsula.
O nome científico da planta “somniferum” relaciona-se a sono. A origem do nome “morfina”, está relacionada ao Deus da mitologia grega Morfeu, o Deus dos sonhos.
E essas relações são bem significativas pois o ópio e a morfina actuam como depressores do sistema nervoso central.
O ópio contém outras substâncias, como a codeína e, também, se obtém a heroína, uma substância semi sintética, resultante de uma alteração química na fórmula da morfina.
Todos os alcalóides do ópio são narcóticos, produzem dependência e deterioração física.
A administração da Papoula para uso medicinal, pode ser feita nas formas caseiras de chá, infusões, xaropes ou em medicamentos farmacêuticos.
As pétalas são consumidas cruas, em saladas e as sementes, servem como condimento em receitas (assemelham-se com o sabor das nozes) ou como cobertura de pães e bolos, e são muito nutritivas.
A Papoula é uma planta anual, pois com o passar do tempo perde o vigor.
Para que ela dê mais flores é necessário podá-la até a metade da altura, depois da planta já ter florido bastante. Isso vai estimular o surgimento de novas flores, mantendo a sua beleza.
Para obter e extrair as sementes é só deixar algumas flores secarem no solo. Com isso ficarão as sementes para plantá-las e novas nascerem.
As belas flores laranjas ou vermelhas das Papoulas fecham quando o sol se põe. As sementes da Papoula para germinarem necessitam de temperatura fria.
Em regiões de muito calor, o aconselhável é semear dentro de casa, pelo menos na primeira semana ou em um local externo e com sombra para as sementes poderem terem condições de germinarem num lugar fresco.
Elas estão associadas aos conceitos de fragilidade e beleza efémera, uma vez que murcham logo que são colhidas. Assim, não é uma flor que se ofereça com regularidade.
Se o quiser fazer, mais vale oferecê-la plantada no vaso!
As papoulas vermelhas estão relacionadas com o sono eterno e com a morte.
Os gregos colocavam-nas nos túmulos dos mortos e ainda hoje se utilizam com esse fim de homenagear os entes queridos que se foram.
As papoulas vermelhas simbolizam ainda os heróis de guerra falecidos e são o símbolo do dia do armistício nos EUA, já que se diz que esta flor cresceu em campos de batalha onde muito sangue foi derramado.
A papoula, conhecida por suas belas flores, também tem um lugar especial na culinária. As sementes de papoula são amplamente utilizadas em várias cozinhas ao redor do mundo, oferecendo um sabor único e uma textura crocante aos pratos.
É importante notar que, enquanto as sementes de papoula são comestíveis e seguras para consumo, o ópio, derivado da mesma planta, é uma substância controlada em muitos países. As sementes de papoula usadas na culinária são tratadas de forma a não conter substâncias narcóticas.
A papoula, especificamente a Papaver somniferum, é conhecida não apenas por sua beleza, mas também por seu papel significativo na medicina. Esta planta tem sido usada ao longo da história por suas propriedades analgésicas e sedativas, devido aos alcaloides opiáceos presentes em suas cápsulas de sementes.
É importante destacar que o uso de derivados da papoula na medicina é estritamente regulamentado, devido ao potencial de abuso e dependência. Estes compostos são normalmente disponibilizados apenas sob prescrição médica e são utilizados sob rigorosa supervisão médica.
Os Ucranianos consideram a flor como sendo o símbolo do Amor e da Beleza.
Os Alemães como sendo símbolo de Fertilidade.
Os Siberianos espalham papoulas nas pernas dos recém-casados, para que tenham uma família feliz e muitos filhos.
Mas, na China as papoulas estão relacionadas com crenças más.
Não existem apenas vermelhas e brancas, nos Himalaias há muitas azuis.
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