Nome científico: Antirrhinum majus
Família: Plantaginaceae
Categoria: Flores Anuais
Clima: Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical
Origem: Europa, Mediterrâneo
Altura: 0.3 a 0.9 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Descrição da boca de leão
O nome comum desta planta deriva da conformação particular da flor, que tem um lábio superior e um inferior.
A pressão da parte basal da flor entre os dedos faz com que a corola se abra bem, aparecendo como uma verdadeira ‘boca’ que se abre.
Além disso, até mesmo o nome científico da espécie se refere à forma de ronco desta flor, sendo formada a partir das palavras latinas anti e rhin, que significam “semelhante a um nariz”.
O que é conhecido como dente-de-leão é uma bela planta de floração erecta, cuja característica distintiva são as flores coloridas e marcantes dispostas ao longo do seu caule.
A boca do leão é uma planta que, com requisitos modestos em termos de irrigação, solo e fertilização, pode dar grande satisfação mesmo a jardineiros novatos.
A flor comummente conhecida como ‘boca de leão’, ou também ‘boca de lobo’, pertence ao género Antirrhinum, classificado na família Scrofulariaceae.
Este género de plantas florais é nativo da bacia do Mediterrâneo, e está espalhado na natureza até 800 metros acima do nível do mar em Portugal, Espanha, França, Turquia, Síria, Marrocos e outros países limítrofes do mar.
Floração: A boca de leão é encontrada em inúmeras cores, as mais comuns são: amarela, vermelha, laranja, rosa, lilás e branca.
As flores da Antirrhinum majus
A boca do leão é uma planta que cresce geralmente até 40-80 centímetros de altura, em casos raros chegando mesmo aos dois metros; o caule tem um hábito erecto, e é herbáceo na parte superior e ligeiramente lenhoso na parte basal.
As folhas verdes escuras desta espécie são frequentemente dispostas em espiral ao longo do caule.
Existem dois tipos de folhas: as folhas basais, espatuladas, encontram-se ao nível do solo, enquanto que as folhas caulínicas, em forma de lança e sem pecíolo, estão dispostas ao longo do caule.
As flores da boca do leão são carregadas em caules alongados, e cada flor consiste em dois “lábios” que se fecham um sobre o outro.
As flores são dispostas em forma de espiga, e têm geralmente 3-5 centímetros de tamanho, com cores altamente variáveis que vão do branco ao rosa e do amarelo ao fúcsia, para citar apenas algumas.
A fertilização realiza-se por meio de insectos polinizadores que visitam as flores, pelo que não é invulgar ver abelhas e abelhas literalmente ‘envolvidas’ pela flor ao visitarem o seu cálice.
As flores, uma vez polinizadas, transformam-se em vagens coriáceas contendo numerosas pequenas sementes férteis, que podem ser recolhidas e armazenadas para sementeira no ano seguinte.
O solo deve estar sempre húmido, mas nunca encharcado. Regue todos os dias, ou um dia sim outro não.
Aplicação
O uso mais comum daboca de leão é na composição de arranjos decorativos e bouquets de noiva.
Mas a boca de leão compõe muito bem canteiros e maciços, sejam eles monocromáticos ou com a mistura de várias cores, só é necessário replantar após a floração.
Poda
Os dentes-de-leão podem por vezes ter um crescimento em altura não negligenciável, e neste caso é aconselhável podar estas plantas excessivamente vigorosas a fim de ‘desviar’ a energia para a produção de flores.
Se não desejar colher as sementes, é também aconselhável remover prontamente as flores murchas e os caules murchos para estimular uma maior floração da planta.
Curiosidades: Cada flor parece uma boca, que “abre” quando apertada, e daí vem o nome.
São muito fáceis de se plantar, possuem uma deliciosa fragrância e florescem em apenas 6 semanas!
Além disso, a sua inflorescência é um atractivo de abelhas e borboletas.
Considerada uma planta comestível, a boca de leão é usada, por exemplo, para compor saladas.
Variedades de dente-de-leão
Existem cerca de quarenta espécies diferentes pertencentes ao género Antirrhinum na natureza, tanto perenes como anuais, das quais a mais conhecida é certamente a Antirrhinum majus.
Cinco subespécies são conhecidas desta espécie:
A. majus subsp. tortuosum: disseminada por toda a área mediterrânica;
A. majus subsp. majus: nativa do nordeste de Espanha e do sul de França;
A. majus subsp. cirrhigerum: nativo do sudoeste de Espanha e do sul de Portugal;
A. majus subsp. litigiosum: nativo do sudoeste de Espanha;
A. majus subsp. linkianum: endémico do sudoeste de Portugal.
As plantas de dentes-de-leão são muito populares para embelezar jardins e vasos: as suas flores são encantadoras, tanto devido às cores vivas que podem assumir, como devido à sua conformação muito especial.
Muitas vezes, os dente-de-leão são considerados plantas anuais em zonas mais frias e temperadas porque geralmente não sobrevivem aos Invernos mais rigorosos, mas na natureza estas plantas são perenes e vivem durante vários anos.
Utilizada para fins medicinais
Uma curiosidade: para além de bonitos, os dragões-de-leão são também úteis.
As flores e folhas destas plantas são de facto utilizadas para fins medicinais, depois de secas; as infusões feitas a partir da boca do leão contêm substâncias úteis tais como glucósidos e mucilagens, que dão a estas preparações propriedades calmantes, antiflamatórias e antiflamatórias interessantes.
A boca do leão é também útil para acalmar queimaduras, eritema e úlceras na cavidade oral.
Propriedades Anti-inflamatórias e Antioxidantes
Estudos recentes sugerem que a Boca de Leão pode ter propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Isso significa que ela pode ajudar a reduzir a inflamação no corpo e a combater os radicais livres, que são moléculas instáveis que podem causar danos às células.
Precauções e Contra-indicações
Apesar de seu potencial medicinal, é importante usar com cautela. Algumas pessoas podem ser alérgicas à planta e experimentar efeitos colaterais como erupções cutâneas ou irritação gastrointestinal. Além disso, a planta pode ser tóxica se consumida em grandes quantidades.
A Boca de Leão e Seu Potencial Medicinal
A Boca de Leão é uma planta fascinante com uma longa história de uso medicinal. No entanto, mais pesquisas são necessárias para entender plenamente seus benefícios para a saúde e possíveis efeitos colaterais. Como sempre, é importante consultar um profissional de saúde antes de começar qualquer novo tratamento à base de plantas.